Piores Remakes de Jogos

7 Piores Remakes/Atualizações de Jogos Clássicos

Existem certos jogos que na sua forma original são perfeitos, representando clássicos intocáveis. Sendo assim, mesmo que apareçam novas versões, é importante que a essência destes não seja alterada. Entretanto, algumas desenvolvedoras esquecem de certas regras e tentam modificar esses jogos por inteiro, transformando ótimos clássicos em desastres completos. Confira a lista dos 7 piores jogos derivados de clássicos:

Space Raiders (Space Invaders: Invasion Day)

Space Raiders novo Space Invaders

Space Invaders é considerado um dos jogos mais importantes de toda a história. Além de colocar os video games dentro da cultura popular moderna, ele também influenciou grandes nomes do desenvolvimento de jogos atuais, como Shigeru Miyamoto e Hideo Kojima, Ele criou o gênero de shmups (Shoot’em Ups), introduziu o mercado de jogos japoneses aos americanos (o que ajudou muito a Nintendo, quando esta veio pro ocidente), enfim, levou o mundo à loucura com seus pixels. Publicado até hoje, a cada edição o Space Invaders vem ganhando elementos novos, sem afetar sua essência original. Isso é… até a chegada de Space Raiders.

Space Raiders ou Space Invaders: Invasion Day in Europe é um remake da série original onde tentaram introduzir uma história e uma nova roupagem. Com um clima mais sombrio, Space Raiders saiu da velha roupagem de shmup convencional de nave e posicionou-se como um jogo de ação em terceira pessoa, onde controlamos personagens humanos em uma cidade destruída, com direito a boss battles e três personagens controláveis: Justin, um garoto adolescente; Ashley, uma fotógrafa; e Naji, um policial. Apesar de tudo, a jogabilidade é a mesma: Controle seu personagem de um lado para o outro enquanto ondas de alienígenas aparecem para te destruir. Claro, existe a adição de alguns power-ups e granadas que aniquilam os monstros na hora, mas isso foi uma roupagem bem desnecessária.

Sonic The Hedgehog (2006)

Sonic 2006

Sonic é uma franquia que vem perdendo seu apelo desde pouco depois do Sonic Adventure 2. Em jogos cada vez mais perdidos, e perdidos como cegos em tiroteio, a Sega não sabe o que fazer com o ouriço no mundo 3D. Mas não estou aqui para falar de Sonic Boom (apesar dele merecer uma posição aqui). Existe outro jogo muito pior que não deveria existir, e este é o Sonic de 2006.

Quem jogou sabe do que estou falando, jogabilidade horrível, cheio de bugs, e com o mais estranho beijo de toda a história dos games (aquele que a princesa humana dá no Sonic.) É fácil querer jogar o controle na parede toda vez que batemos em algum obstáculo enquando Sonic corre, já que era muito difícil ter controle sobre ele nesses momentos. Sem contar que a câmera também não ajuda muito quando tentamos acertar um pulo em uma plataforma ou em um inimigo. Conseguir coletar uma vida com 100 argolas? Boa sorte, é difícil se manter com todas elas.

Dá até saudades do Sonic gordinho com cara de Mickey. Bons tempos Sega, bons tempos…

Bomberman Act: Zero

Bomberman Act Zero

O meu maior problema com Bomberman Act: Zero é essa cara que deram pra ele. Esse tom mais sério, utópico e sombrio que deram a um dos maiores mascotes do videogame foi um erro gigantesco. Sério, olha para isso, não dá pra abraçar que é um Bomberman, tá mais pra um inimigo genérico de um jogo de ação.

Mas tirando o aspecto, o jogo também sofre outras falhas técnicas, como a falta de originalidade nas fases, a trilha sonora, que se resume a quatro músicas em looping, a narração do jogo e a falta de um multiplayer local. Enfim, bastante coisa, mas em contrapartida ainda existem diversos elementos do Bomberman original. Se é que isso ainda salva um jogo tão fraco…

Golden Axe: Beast Rider

 

golden-axe-beast-rider

Confesso que nunca fui muito fã da franquia Golden Axe, eu jogava, até gostava, mas não compartilho da mesma nostalgia que muitos fãs. Apesar disso, entendo a revolta de muitos contra o Golden Axe: Beast Rider, já que ele não é um bom hack n’slash e muito menos um bom remake de Golden Axe.

É totalmente compreensível a mudança da jogabilidade para algo mais moderno e o alto teor de violência. Primeiro porque não há muito o que fazer com o jogo, que originalmente era um beat’em up, e depois porque quem jogou o original já cresceu e está pronto pra ver um pouco de sangue. O problema é que Golden Axe: Beast Rider não chega aos pés do que deveria ser, com seus inimigos repetitivos, uma hit box terrível e o seu controle das montarias (que deveria ser bom, já que tem isso até no nome) que é um sofrimento. E a única coisa que remete aos primeiros Golden Axes é o uso do nome de seus personagens principais, já que o jogo é centrado na Tyris Flare contra todo o exército de Death Adder.

Olha, é melhor a Sega nem lembrar que o Alex Kidd existiu…

Shadowrun (2007)

Shadowrun 2007

Eu nunca joguei o RPG de mesa, mas era fã da exploração do Shadowrun de SNES e da ação da versão para Mega Drive. E fiquei maluco quando fiquei sabendo que iria ter uma versão para 360. Imaginei que seria uma espécie de Fallout cyberpunk, com muita exploração, tiroteios, magias, hackers… Mas foi apenas na minha cabeça mesmo, os desenvolvedores tinham outros planos: um FPS multiplayer genérico.

Cacetada, era um RPG! Pra quê fazer um FPS genérico assim?! Não foi a toa que o estúdio responsável fechou meses depois do lançamento desse jogo. Ainda bem que existe o Kickstarter, ainda bem que tiveram a ideia de fazer mais jogos do Shadowrun, ainda bem que existe o Dragonfall (o primeiro achei legal, mas o Dragonfall é melhor.)

Final Fight: Streetwise

Final Fight Streetwise

Final Fight sim, foi um Beat’em up que eu joguei à exaustão. Só não consegui encostar no jogo de luta para Saturn, mas de resto sentei a porrada na gangue Mad Gear em todas as versões possíveis, na era de ouro do Haggar, o prefeito porradeiro que muitas cidades por aí precisam.

Final Fight: Streetwise foi uma das maiores decepções que eu já tive com jogos. O jogo começa parecendo uma versão de Clube da Luta mal feita. Gráficos feios, controles ruins, a câmera que não ajuda, a ambientação sombria, e ver a decadência dos personagens da franquia original. O pior pesadelo de quem andava pelas ruas de Metro City dando voadora com os dois pés no peito dos bandidos.

Duke Nukem Forever

Duke Nukem Forever

Duke Nukem é um personagem que homenageia os heróis dos filmes de ação dos anos 90 estrelados por Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone, Dolph Lundgren e afins. Todo bombadão, cheio de chavões e mulheres encorpadas à sua volta, é a definição do All-American Hero brega dos anos 80. E esse é um dos maiores problemas com Duke Nukem Forever.

Duke Nukem Forever, além de ter uma jogabilidade já datada herdada de Duke Nukem 3D, vem com um personagem que não tem mais espaço no mercado atual, exatamente porque seu tempo passou. Suas frases de filmes dos anos 80 já não funcionam e nem são mais lembradas por seu público. Todas as suas referências, sua testosterona, sua ação, suas mulheres ultra-encorpadas… Já passamos por isso. Estamos numa fase com heróis com falhas, uma discussão sobre mulheres mais próximas do real, poucas frases de efeito… Enfim, nossa definição de herói mudou e Duke Nukem não se encaixa mais nele.

Duke Nukem Forever não é o pior jogo do mundo, mas é como o álbum Chinese Democracy do Guns’n Roses, demorou tanto pra lançar que passou do seu tempo e agora é só mais uma coisa pra nos mostrar como o que gostávamos antes era brega e ruim, e que agora ninguém liga mais.

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