Impressões: Dino Hazard

Dino Hazard é uma franquia nacional com temática de dinossauros e ficção científica. Ela já conta com um livro (o Dino Hazard: Realidade Oculta) e duas campanhas de financiamento no Kickante: Os brinquedos colecionáveis de dinossauros e o jogo digital, cujas keys nos foram cedidas pelos desenvolvedores.

Desenvolvimento

Desenvolvido pela Bone Collectors e fundado pelo Kickante em julho de 2020, Dino Hazard se passa em 2147, num santuário de dinossauros em uma ilha tropical. Ele conta a história de um grupo de sobreviventes que explora o local após um ataque terrorista na ilha.

A Bone Collectors é encabeçada por Aline Ghilardi e Tito Aureliano, que são paleontólogos brasileiros. Pesquisando as informações de desenvolvimento do jogo, acabei descobrindo que eles já tem uma produção vasta – A Aline fundou em 2010 a iniciativa “Colecionadores de Ossos”, que começou com um blog de divulgação científica e então foi abarcado pelo Science Vlogs Brasil, um selo de qualidade de divulgação científica no Brasil.

Eles também tocam o Colecionadores de Ossos, um canal de Youtube que é referência mundial de vídeos sobre paleontologia.

Gameplay e mecânicas

O jogo tem uma estética retrô com pixel art detalhada, e baseia-se em exploração, gerenciamento de recursos e combate estratégico, onde cada um dos 7 personagens controláveis tem habilidades diferentes, de acordo com suas profissões.

O combate, em turnos, possui um sistema de resistências para os inimigos – alguns robôs são fracos contra socos/golpes físicos, alguns dinossauros são fracos contra metralhadoras, ou escopetas, etc.

Os personagens possuem buffs e habilidades que aumentam o ataque e defesa dos companheiros, sabotam inimigos ou recuperam a stamina da equipe. Usar essas habilidades consome stamina, que pode ser recuperada com itens e em estações médicas.

Você recupera a vida e stamina com itens, habilidades ou em máquinas específicas, que podem ser manipuladas apenas pelo personagem que souber medicina.

Nossas impressões

O jogo começa com uma mensagem rápida: A hashtag #UbirajarabelongstoBR, com a arte da paleoartista Beatriz Grigio mostrando o Ubirajara jubatus, uma espécie de dinossauro identificada no Ceará por pesquisadores estrangeiros, que o levaram para a Alemanha. O caso ficou bem conhecido, gerou a hashtag, e no momento há uma investigação conferindo se a levada dos fósseis foi ilegal.

…E aí o jogo começou, fazendo essa conexão da sua temática ingame com todo o mundo aqui “de fora”.

Sem entrar em muitos spoilers, o jogo conta a história de 7 sobreviventes a um ataque terrorista na ilha dos dinossauros. Começamos com uma veterinária, e então conhecemos um guarda que trabalha nos laboratórios, uma hacker, uma médica, uma caçadora, um mecânico… Os personagens são diversos e apresentam perspectivas de todos os lados da situação.

É legal notar, também, as referências que saem um pouco do eurocentrismo nos assets do jogo: Há personagens que lutam capoeira, e músicas com toque nacional na trilha do jogo.

Gostei da impressão que o jogo incentivava a exploração: Há itens por todo o mapa, desde plantas para recuperar HP em áreas ao ar livre, a pertences dos trabalhadores da ilha em containers e mesas. É necessário explorar e prestar atenção aos diálogos, também, para anotar senhas e dicas para avançar para áreas novas do jogo.

De comentários mais pontuais (jogamos o early access de fevereiro de 2021):

  • M é o atalho para abrir o mapa. Senti falta de poder dar um “toggle” e fechar o mapa com o M, também. Só consigo fechar o mapa pelo esc;
  • As mensagens do log de batalha aparecem bem rápido para informar o que está acontecendo com os personagens e inimigos, daí nem sempre eu conseguia acompanhar tudo que estava acontecendo.
  • No momento o jogo está em alfa, e encontrei alguns bugs. Logo no início do gameplay tive que recomeçar o save, pois o personagem ficou preso numa pedra. Depois daí não encontrei mais bugs. 🙂

Vimos parte das espécies do jogo, que consiste numa “dinodex” bem rica de animais, e estamos na expectativa para conhecer o sistema para capturar e domesticar os dinossauros que deve vir em versões futuras do jogo.

Para o combate, o jogo me deu alternativas não-violentas (dardos tranquilizantes ou distrair os bichos para fugir) para lidar com os dinossauros e achei isso bem interessante, visto que iniciamos a história “do lado deles”, com uma veterinária que estava lá cuidando dos bichos até tudo acontecer. (Porém, com o tempo, à medida em que eu jogava, comecei a descer o soco nos dinossauros sem me preocupar com a preservação da vida de ninguém 😂 )

Recomendamos que acompanhem o desenvolvimento, deixem o jogo na wishlist de vocês e conheçam o trabalho (não só o jogo, tudo mesmo!) da Alice e do Tito.

Dino Hazard no Steam

Site do jogo

One comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.