Bichos! Anebarone e Marcos Tirso batem um papo sobre Dragon’s Dogma e sua expansão Dark Arisen, mencionando o interessante sistema de companions para a sua party, chamados pawns, as vocações de personagem, combate, combos, as novidades da expansão… e a boa e velha discussão sobre desenvolvimento, lore e inspirações deste incrível ARPG, que vão desde alta fantasia até a filosofia de Nietzsche.
Casa você queira o material deste cast para ler, pegamos alguns pontos da pauta e trouxemos para este artigo que foca no desenvolvimento, no bulletin board system e em pontos principais da história de Dragon’s Dogma.
Aperte o Play e ouça o barulho da bicharada!
Você também pode baixar o podcast para ouvir depois!
O Podcast e Contato:
Quer participar de podcasts e entrevistas sobre games e outras coisas geek? Venha se cadastrar na nossa lista!
Envie um e-mail: contato@bichosgeeks.com ou utilize a página de contato!
Dê um like na Page do Bichos Geeks no Facebook!
E visite o nosso (cativeiro) grupo de discussão no Facebook!
Siga o Bichos Geeks no Twitter! E no Insta!
Comentado no Cast e Recomendações
Hideaki Itsuno no GDC, falando sobre o desenvolvimento de Dragon’s Dogma
Primeira parte dos quadrinhos que contam a história de Savan
Um lindo guia para criar todos os seus crushes no jogo
O canal em que a Cabrita fez as streams de Dragon’s Dogma
Comentado na última parte do cast, o aforisma 56 do livro Gaia Ciência, de Friedrich Nietzsche:
E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: “Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência – e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez – e tu com ela, poeirinha da poeira!“ Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderias: “Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!” Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: “Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?” pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?
Produção:
Pauta: Marcos Tirso e Anebarone
Edição: Anebarone
Créditos:
As músicas de abertura e encerramento, como sempre, são de Derris-Kharlan
Podcast: Play in new window | Download
Subscribe: Google Podcasts | Spotify | Email | Deezer | RSS
Parabéns pela volta.
Capcom, lança dragon’s dogma online no ocidente, pelo amor de deus!
Olá, Bichos!
Há um tempo atrás eu fiz um comentário similar a este, bem vasto e dedicado, apesar de não adentrar em spoilers porque eu ainda não tinha terminado o jogo em questão. Agora eu queria replicar isso com Dragon’s Dogma, porque eu terminei ele uma quarta vez, me dedicando a ir atrás da Platina (que surpreendentemente não foi difícil, ela só é uma jornada longa mesmo) e fazer as side-quests nos tempos corretos e perceber que o jogo ele tentou ser AINDA MAIS AMBICIOSOS DO QUE EU ACHAVA. Mas antes de mais nada:
Meus mais sinceros parabéns pela edição!
Eu amo voltar para esse podcast, quando terminei pelas duas primeiras vezes (e nenhuma delas tinha sido cometer o suicídio e eu achando que tinha zerado a porcaria do jogo!!!) foi quando eu fui atrás de uma edição e, como eu disse no comentário de Enderal, foi como encontrei vocês, na pilha por um conteúdo em áudio em torno de Dragon’s Dogma. Aperfeiçoei meu Inglês recentemente só para poder ouvir um podcast gringo de 3 horas e meia sobre o jogo e não me arrependo nem um pouco, porque eu sinto que qualquer tipo de visibilidade que o público dê para ele ainda é pouco, sinto que merece uma atenção imensa, maior ainda do que a que está tendo atualmente – que comparado com sua época de lançamento, já é um grande avanço. Mas adentrando aos motivos do porquê eu amei tanto essa edição e abraçando alguns motivos extremamente similares ao que eu comentei lá no podcast Pt. 1 de Enderal: A Conversa de vocês é extremamente gostosa de se ouvir, ela é próxima, ela é intimista, ela é receptiva, aberta e muito bem comunicativa. Falta um pouco mais de dinâmica, quem sabe, algo ainda mais extrovertido – não no sentido de que o podcast deva ser uma comédia – mas que seja mais dinâmico na fala rítmica entre um participante para o outro e etc; Mas conhecendo vocês e como que faz bastante tempo que não recebemos mais edições porque Life Snake, né, a Vida Cobra, eu nem reclamo tanto e assim como Dragon’s Dogma, o pouco que a gente tem já é muito mais do que eu talvez merecesse e é sempre um prazer retornar para ouvir as edições anteriores, em especial a edição de Dragon’s Dogma e Enderal que eu guardo com tanto carinho. Justamente de dois jogos que eu guardo com tanto carinho.
Sobre o jogo em si, eu diria que Dragon’s Dogma ele possuí várias e várias e daí você e para e consta ainda mais várias falhas. Mas tal qual jogos como NieR, Deadly Premonition, Alan Wake, jogos exóticos que tentam coisas diferentes e que estará sempre prendendo o jogador por parte da sua narrativa, uma trilha sonora extravagante, diferente, ou mecânicas diferentes e referências à algo que enchem nossos olhos, a personalidade que Dragon’s Dogma tem é algo que ainda hoje eu não consigo sentir qualquer outro jogo tendo. Ele tem um mundo que ao mesmo tempo que possuí muitos NPCs e personagens para interatividade, ele é um mundo vasto sem ter quase nada. Muitos monstros, mas dentro de padrões esperados em localidades pré-estabelecidas e sem uma rotina de comportamento que tornem eles naturais dado o mundo do qual eles estão fazendo parte. Uma dificuldade extremamente fácil, mas que em momentos ela chega a ser quase desleal de punitiva… mas eu não sei dizer, tem um chame nesse descontentamento com o jogador, sabe? Existe um charme quase parmesiano nesse lance de que as Side-Quests, por exemplo, são coisas completamente independente do jogador, porque elas precisam ser feitas no tempo dos NPCs e só por essa incrementação de como funciona tempo e comportamento deles, as respostas e reações, me mostra como esse jogo está muito interessado em te oferecer uma experiência que se assemelha quase como a de um livro e não a de um jogo.
Por que “Livro” e não “Jogo”?
Porque as coisas precisam seguir uma lógica narrativa. Elas possuem começo, meio e, olha só, fim. Se você se desviar dessa linha para prosseguir com a história principal, que também possuí seu próprio começo, meio e fim, e esses três são quase independentes de todo o material construído nas side-quests, você percebe como que tudo foi jogado fora ou você sequer experienciou. Como eu poderia saber que a personagem vazia que dizem ser a melhor amiga do protagonista, nasceu junto dele na vila dos pescadores iria atrás de uma cura para a cicatriz e o lance do dragão envolvendo o protagonista, se tornaria uma freira, iria para as Catacumbas, aprenderia sobre curas e medicamentos, daí no final do arco dela tem todo um processo de fazer você mostrar os resultados da pesquisa dela para os Bispos locais… COMO? COMO eu deveria saber disso? Só se eu tivesse que seguir toda a narrativa dela depois de cortar a cabeça da Hydra e assim que eu saísse do acampamento de frente à Cassardis e retornasse a ele quando um dos Pescadores me dissesse: “Então, a Quina sumiu”. Geralmente a gente pensa: “Okay, é uma possível Side-Quest… FAÇO DEPOIS!” Mas esse depois NÃO EXISTE! Porque em LIVROS o DEPOIS não existe, nunca existiu. Você segue uma linha, você segue padrões e você sempre estará no caminho pré-estabelecido pelo narrador/escritor. Em jogos isso geralmente é o contrário, nós temos caminhos, temos possibilidades – essas que muitas vezes são optadas pelo Game Designer para dar uma maior complexidade de tarefas ao seu jogo, o que por consequência acaba tirando a vida de muitas coisas. E ESSA, JUSTAMENTE ESSA ESCOLHA é talvez a mais inteligente de todo o jogo para mim, muito acima dos Paws.
É fascinante pensar nisso.
E diferente do que foi discutido no cast e amarrando com o significado por trás dos Paws, como que basicamente eles são um comentário em cima de jogadores que basicamente brincam de DEUS quando estão interagindo com NPCs em jogos de videogame, eu sinto que a escolha final ela humaniza todos esses personagens que antes eram nada além de bonecos. LITERALMENTE BONECOS, porque são todos customizáveis para unicamente consumo (inicialmente). E ao humanizar eles, você finalmente tem uma solução para esse mundo que talvez não seja parte de um ciclo, talvez não seja parte de um planejamento que esteja acima de você e à parte do que você possa representar para esse mundo, é justamente por você tornar essa brincadeira de Deus em algo físico, tangível, romper isso e dar vida ao que antes era inanimado, que agora você pode fazer as coisas diferentes e entregar uma individualidade para cada uma dessas pessoas, especialmente para o mundo do qual eles estão vivendo agora. E isso se reflete muito nas minhas duas Quest Lines preferidas do jogo que são a do Valmiro (que cara chato!) na despedida dele, e a da Bruxa, Selene.
Eu poderia ficar aqui falando e falando e falando mais sobre como eu acho genial essa falta de consideração em relação ao jogador e as desconstruções convencionais em um ponto de vista narrativo e de Game Design que esse jogo toma. Curiosamente, saindo um ano depois de Dark Souls, que é um jogo que não se importa com decisões do jogador e também desconstrói relações dele com NPCs – jamais esquecerei da questline do Siegmeyer e a deliciosa mensagem CORAÇÃO FRIO que a From Software deu com a história dele.
Videogames, né. Colocando outras mídias para mamar com extrema facilidade que chega a ser cômico. Espero que no futuro apareça uma outra mídia que consiga ser algo ainda além do que os videogames, essas evoluções de como criadores se expressam através das diferentes evoluções da arte é algo que me chama muito atenção. Aprecio demais.
Obrigado por mais um Cast, bichos. Obrigado pela discussão, obrigado por darem mais holofotes a Dragon’s Dogma. Faz bastante tempo, mas ainda estamos aqui – ao menos, eu estou. haha Bastante tempo se passou e me tornei editor de podcasts também, quem sabe em um futuro próximo eu vá chegar ao ponto de produzir meus próprios conteúdos e esse formato que vocês adotaram é um formato que eu muito aprecio.
Até a próxima! <3
Opa, Weslley!
Lembramos de ti sim, e obrigada por nos acompanhar e vir conversar conosco!
Estamos acompanhando, por exemplo, as notícias sobre o Dragon’s Dogma ir para a Netflix, pois realmente achamos que toda a atenção dada à franquia é pouco. Tem muita coisa única e especial do DD que eu espero que entre em contato com mais pessoas, e espero tb que a série (seja boa e) sirva para atingir mais pessoas e talvez até ajudar a alimentar um segundo game.
Agradecemos o feedback sobre os casts! E pois é, seguimos completamente Life Snake das ideias ahaha, daí ficamos muito felizes mesmo pelo carinho e comentário dedicado.
Sobre nossa presença nas redes, andamos trabalhando muito no background do site pra manter as coisas em ordem, e eu andei usando o tempo livre no Twitter, no Twitch e no Youtube do Bichos, para fazer lives e trazer um pouco mais de conteúdo à comunidade.
O formato fica mais escrachado e piadista, fora da postura informativa dos casts, mas, se curtir essas, fique à vontade para vir nos conferir!
Concordo muito com seu comentario do DD ter falhas. A própria narrativa tem umas coisas que me incomodam bastante. Mas sou “gado” de DD hehe, também acho que ele acertou demais no resto das coisas, e nao sinto essa dinâmica do universo e relação entre você, o mundinho e os panws em nenhum outro jogo.
Consegui sentir muita empatia pela galera, com pouco. Seu exemplo da Quina mesmo cai bem, aí. Ela é uma personagem sem background e bem vazia de inicio, mas mesmo assim parei tudo para ir encontra-la na hora em que a vila avisou que ela tinha sumido. Daí se aplica tb essa relação gostosa com o jogo – que deixei de ver como uma sequencia de quests que eu posso quebrar e manipular, e mais como algo mais orgânico e urgente.
” eu sinto que a escolha final ela humaniza todos esses personagens que antes eram nada além de bonecos. LITERALMENTE BONECOS, porque são todos customizáveis para unicamente consumo (inicialmente). E ao humanizar eles, você finalmente tem uma solução para esse mundo que talvez não seja parte de um ciclo”
Então!! Eu não lembro exatamente quão a fundo falei dos pawns, mas pra mim é isso aí. Matou. 🙂
Cheguei a fechar o jogo em live com uns amigos, em 2016, e em algum lugar da Twitch há um vídeo meu assistindo o final e chorando junto com o chat hahaha. O jogo me despertou um amor desgraçado pelos bichinhos (os pawns) e por aquele mundo. Eu acho que manter essa “dignidade”/humanidade/valor em todos os seres pode ser mais importante do que quebrar o ciclo, no final. O próprio deus/seneschal é uma figura muito melancólica e digna de compaixão, para mim. Enfim, minha impressão final de tudo teve mais a ver com a jornada e o “como” você aborda tudo ser mais importante que o resultado final e tal, do que de pensar em como quebrar o ciclo.
Sobre seus novos caminhos como editor, parabéns!!! E espero que esteja curtindo a nova jornada. Se quiser, nos passe os nomes dos casts que anda editando, para conhecermos!
Novamente, obrigada, e abração!
Acho que vai ser a primeira vez que eu vou responder por aqui, mas deixo-a par de que finalmente platinei Dragon’s Dogma e estou retornando para Enderal para que, enfim, eu possa concluir tudo nele e passar da barreira do 80% nele, terminar o jogo e finalmente escutar a Parte 2 do cast de Enderal que vocês lançaram.
Mas voltando sobre Dragon’s Dogma…
Olar, mais uma vez. <3
As notícias em torno de Dragon's Dogma na Netflix é uma coisa que está me deixando animado cada vez mais. Talvez sendo uma das poucas pessoas que estarão fora da curva, mas não estou me importando com o CG e na verdade estou apreciando bastante essa escolha estética que eles estão optando, dado o baixo orçamento do anime e, acima de tudo, dado a fama que Dragon's Dogma tem recebido nesses dois anos recentes. Eles estão jogando de forma segura, ao que parece a trama não será nem sobre o Savan, muito menos sobre nosso protagonista.
Quaisquer formas de absorver um conteúdo, principalmente quando originado de pessoas que possuem esse mesmo gosto pela discussão, disseminação de debates e muito mais, é algo que eu aprecio bastante e sempre valorizo, então eu estou sempre acompanhando o que eu posso dos canais, cheguei a assistir alguns vídeos anteriores seus jogando Dragon's Dogma. E devo dizer, algumas coisas inclusive me ensinaram a como abordar certos encontros. Hahaha A Experiência alheia é sempre uma beleza e engrandece bastante.
Sobre meus conteúdos, bom, eu atuo mais como editor do que propriamente dito um projeto pessoal, mas este último eu já estou desenvolvendo e tenho desejos fortes de até 2021 lançar ele. Mas tenho alguns casts de um lugar onde eu iniciei, assim como um lugar onde estou recentemente atuando como editor.
O Meu primeiro trabalho at all eu não consigo mais encontrar, mas quando me estabeleci em um site eu trabalhei em dois programas especificos, atuando como Host, Diretor e Planejador dele, sendo o primeiro de as adaptações de PERSONA 3:
Link: https://anfreak.com.br/podcast-de-anime/afs-podcast/afs-podcast-115-persona-3-adolescentes-problematicos/
O Segundo sobre a adaptação de Castlevania da Netflix:
Link: https://anfreak.com.br/podcast-de-anime/afs-podcast/afs-podcast-133-castlevania-o-castelo-da-vania/
E desde então eu estou editando o "Cantinho da Pah~", um podcast autoral de uma Jornalista chamada Paloma, onde ela grava alguns programas se baseando nos textos cabulosos que ela escreve e tem sido um verdadeiro prazer editar eles. Link: https://www.chimichangas.com.br
Espero que os conteúdos sejam do agrado e, até daqui alguns dias… ou algumas semanas, quem sabe meses, porque nunca se sabe quanto conteúdo Enderal vai me entregar até eu terminar tudo dele de fato, fiquem bem e estarei sempre acompanhando vocês, independente de onde seja.
Peace. <3